Insiders by Telebrás

Após o Ministro das Telecomunicações ter declarado na imprensa que a estatal iria coordenar um projeto pelo qual as fibras ópticas ociosas das empresas estatais seriam utilizadas na expansão das redes de internet rápida, as ações desta dispararam mais de 200% na Bolsa de Valores de São Paulo.

Foi o suficiente para que a Comissão de Valores Mobiliários sinalizasse o início de uma investigação sobre a forte alta destas ações na Bolsa de Valores de São Paulo.

Balança Comercial x Taxa de Câmbio

Hoje fui questionado acerca da relação inversa existente entre a Balança Comercial e a taxa de câmbio.

Teoricamente, quanto mais valorizada a moeda nacional em relação ao dólar norte-americano, menor deveriam ser as exportações, uma vez que os preços dos produtos e serviços nacionais tornam-se mais caros no exterior, conforme bem explanado em matéria veiculada no jornal Folha de S. Paulo, a seguir, transcrita:

“Em tese, quando(sic) menos vale o dólar, pior para os exportadores, já que os produtos brasileiros ficam mais caros lá fora. No entanto, essa é uma relação difícil de medir, já que muitos dos contratos de exportação são fechados com meses de antecedência, com uma taxa de câmbio diferente da atual.”

Assim sendo, em alguns casos, o superávit da Balança Comercial independe da cotação da moeda estrangeira no período atual, uma vez que muitos dos contratos são avençados com uma taxa de câmbio pré-fixada (podendo ser superior ou inferior à taxa de câmbio atual).

Portanto, mesmo com a elevação dos investimentos estrangeiros no país, o que causa uma valorização do real em relação ao dólar norte-americano (tendo em vista que há um aumento da quantidade da moeda estrangeira no país), as exportações mantém um certo crescimento devido, em alguns casos, aos contratos de exportação firmados com uma taxa de câmbio pré-fixada, o que acaba gerando uma valorização da moeda nacional e a elevação do superávit comercial.