Touro Indomável

Os Estados Unidos da América já viveram dias melhores, dias em que a bonança se fazia plena e sua moeda era mais forte do que parece ser nos dias atuais.

Sua economia sólida representada pelo touro de bronze plantado nas calçadas de Wall Street, o centro financeiro no sul da Ilha de Manhattam, não demonstra possuir mais a segurança de outrora.

Um simples indicador econômico, que pode parecer inofensivo para a maioria dos cidadãos comuns, tem causado alarde em todo o mundo.

A aquisição de residências, condomínios residenciais, imóveis comerciais e fazendas ou chácaras através de financiamentos sob a modalidade de crédito de risco (subprime, onde se paga juros mais elevados do que nas demais modalidades de crédito imobiliário) sofreu grande redução ao longo de 2.006 até o presente momento.

Podemos observar, através do quadro, que no primeiro trimestre (Q1) de 2.006 o financiamento de residências remontou em US$ 1.025,4 trilhões de dólares, ao passo que já no segundo trimestre (Q2), tal montante passou para US$ 946,9 bilhões de dólares, no terceiro trimestre (Q3) passou para US$ 882,9 bilhões de dólares e no quarto e último trimestre (Q4) de 2.006 passou para US$ 749,2 bilhões de dólares.

A última projeção realizada no primeiro trimestre (Q1) de 2.007 não é nada animadora, ou seja, o financiamento de residências caiu novamente para US$ 640,2 bilhões de dólares.

Esta tendência de redução pode ser verificada também nas demais categorias de financiamento de imóveis: condomínios familiares, imóveis comerciais e fazendas ou chácaras.

Mesmo com a queda no volume de financiamentos ao longo do ano de 2.006, o chamado Board of Governors of the Federal Reserve System (Banco Central norte americano) tem mantido postura conservadora ao tratar da taxa de juros básica da economia norte americana.

O que pode nos deixar, de certa forma, mais tranqüilos, é que o Brasil conseguiu angariar vultosa reserva da moeda norte americana nos últimos meses e o Banco Central do Brasil pode intervir forçando a redução do dólar no mercado interno.

Porém, creio ser difícil o Bacen intervir na fuga de dólares do Brasil, salvo em casos extremos.